Poucas semanas após apresentar a versão atualizada do Pulse, com teto solar panorâmico, a Fiat lança agora a versão esportiva de seu SUV compacto: o Pulse Abarth.

O carro está exposto no estande da marca durante o Festival Interlagos, que ocorre no autódromo de São Paulo entre os dias 12 e 15 de junho. No evento, o público poderá pilotar, assistir a competições, conferir lançamentos de grandes marcas e visitar exposições.

O novo modelo chega ao Brasil por R$ 157.990, e poucas alterações diferenciam o Pulse Abarth 2024 da versão 2026.

No exterior, dois elementos chamam a atenção:

 

  • A linha vermelha que antes atravessava todo o para-choque agora está restrita às entradas de ar laterais, além de presente em pequenos apliques dentro da grade de entrada de ar;
  • O tradicional escorpião da marca dá lugar à inscrição “Abarth”.

 

Além dessas alterações, os faróis de neblina ganharam mais destaque, e as rodas passaram de 17 para 18 polegadas, mantendo o acabamento preto da geração anterior.

O modelo segue equipado com o motor 1.3 T270 Turbo Flex, também utilizado em outros veículos da Stellantis, como Jeep Renegade, Compass, Commander, além da Fiat Toro, Fastback Abarth.

A potência é de 185 cv, e o torque alcança 27,53 kgfm. O conjunto está acoplado a um câmbio automático de seis marchas. O modelo acelera de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos e atinge velocidade máxima de 215 km/h.

Volkswagen Nivus GTSprincipal concorrente nesse segmento de SUVs esportivos, entrega 150 cv com seu motor 1.4 TSI turbo. (veja comparativo abaixo)

No interior, o novo Pulse Abarth oferece os seguintes itens de série:

 

  • Painel digital de sete polegadas;
  • Central multimídia de 10,1 polegadas com GPS integrado;
  • Espelhamento de celular via Android Auto e Apple Carplay sem fios;
  • Monitoramento de pressão dos pneus;
  • Quatro airbags;
  • Frenagem autônoma de emergência;
  • Alerta de permanência em faixa;
  • Farol alto automático;
  • Direção elétrica;
  • Chave presencial;
  • Banco do motorista com ajustes elétricos;
  • Piloto automático;
  • Retrovisor interno eletrocrômico;
  • Teto solar panorâmico;
  • Carregador de celular por indução.

 

Como anda o novo Pulse Abarth

g1 testou o novo Pulse Abarth em um ambiente onde os esportivos tendem a se destacar: a pista do Autódromo de Interlagos.

Um dos diferenciais em relação à versão “convencional” do SUV é a substituição do botão de modo esportivo por um chamado “Poison”. Ao ser ativado, o carro ganha mais potência e fluxo de ar, além de intensificar o ronco do escapamento duplo.

Fez diferença. Com um modo de condução mais arisco, o Pulse Abarth passou a responder melhor nas curvas e reduziu o tempo de reação do acelerador. Apesar de automático, o câmbio também passou a subir o giro e manter o carro por mais tempo em cada marcha.

Assim, a força do motor T270 se mostrou nas retomadas mais puxadas, especialmente após a curva fechada do Bico de Pato. O vigor extra também apareceu nas acelerações no S do Senna.

A suspensão mais rígida nesta versão, aliada aos freios recalibrados para respostas mais rápidas, contribuiu para a pegada esportiva. Mas a presença de freios a tambor nas rodas traseiras limitou um pouco o desempenho nas frenagens mais exigentes.

E fez falta. Especialmente em um autódromo, onde as velocidades podem ultrapassar os 190 km/h na subida e na reta dos boxes. O trajeto demanda fortes desacelerações, como ao se aproximar do S do Senna.

Com o modo “Poison” desligado, a diferença é evidente: o motor perde agressividade e o SUV passa a ao uso urbano. E tudo bem, afinal, ruas do dia a dia não são (nem devem ser) um autódromo.

Uma coisa é certa: em todos os aspectos, o Pulse Abarth se mostrou mais esportivo que o Nivus GTS. O SUV da Fiat foi mais rápido, mais potente e mais responsivo. As reações foram mais ágeis ao acelerador e a suspensão está mais bem ajustada.

O Nivus supera o Pulse Abarth em apenas um aspecto: ele tem freios a disco nas quatro rodas.

 

Stellantis investe R$ 30 bilhões no Brasil

O lançamento do Pulse Abarth faz parte de um aporte de R$ 30 bilhões anunciado em março do ano passado pela Stellantis, grupo que reúne marcas como Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e RAM.

Este valor é voltado para suas fábricas no Brasil entre 2025 e 2030, o maior valor já investido na indústria automobilística brasileira.

Com o investimento, serão lançados, pelo menos, 40 novos produtos, além do desenvolvimento de tecnologias de descarbonização dos veículos produzidos pela companhia.

Já está definido, porém, qual será o principal destino dos valores: o desenvolvimento de tecnologia bio-hybrid — modelo que combina a eletrificação com motores flex movidos a etanol.

Segundo Carlos Tavares, diretor-executivo da Stellantis, a empresa mira sobretudo clientes brasileiros de classe média, seu principal público consumidor, buscando oferecer uma "mobilidade segura, limpa e acessível".

Ele explica que os carros 100% elétricos ainda não são o coração dos investimentos da empresa no país, uma vez que a tecnologia ainda é muito custosa para a maior parte do público.

 

"Qual é a tecnologia mais limpa que podemos colocar no mercado por um valor que a classe média possa pagar?", comenta Tavares, explicando a escolha pelos carros híbridos movidos a etanol como o foco da atuação.

 

Por André Fogaça, g1 — São Paulo / Foto: divulgação/Fiat

 

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