
Com a chegada do verão e a busca por formas de perder peso, a procura por medicamentos emagrecedores aumentou, especialmente a versão manipulada da tirzepatida. Um levantamento da Sala Digital, parceria entre a Band e o Google, revelou que nos últimos 90 dias, a tirzepatida manipulada liderou o interesse de buscas por produtos manipulados no Brasil, superando até mesmo substâncias tradicionais como o minoxidil.
A tirzepatida é a base de canetas emagrecedoras disponíveis no mercado, que agem imitando hormônios intestinais, aumentando a saciedade e auxiliando no controle da glicemia. Sua versão manipulada se tornou uma alternativa mais barata em comparação aos medicamentos industrializados. No entanto, especialistas alertam para os riscos associados à falta de garantia de qualidade.
A endocrinologista entrevistada ressalta que, por se tratar de um medicamento injetável, a manipulação exige rigorosos padrões de esterilidade. Caso o processo não seja bem realizado, há risco de contaminação e perda de eficácia do medicamento. Além disso, a origem dos insumos utilizados na manipulação é um ponto de atenção.
O Conselho Regional de Farmácia de São Paulo confirma que a manipulação da tirzepatida é permitida, desde que sejam cumpridas as normas da Anvisa. Isso inclui testes de cada lote, rastreamento do insumo, controle de qualidade e a obrigatoriedade de prescrição médica, com retenção da receita por 90 dias.
Especialistas reforçam que a manipulação deve ser considerada uma opção de exceção, indicada apenas quando o medicamento não está disponível no mercado na apresentação necessária para o paciente. Antes de optar pelo caminho mais barato, é fundamental avaliar os riscos à saúde e garantir a procedência e qualidade do produto.
Band.com
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