
Os Correios decidiram não renovar neste ano um benefício Natal de R$ 2,5 mil para seus funcionários. A quantia foi paga em 2024, como parte do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
A empresa passa por severa crise financeira. O último balanço divulgado pela companhia, no fim de novembro, registrou um prejuízo de R$ 6 bilhões, valor acumulado nos três primeiros trimestres de 2025 (de janeiro a setembro, portanto). A estatal vem operando com resultado negativo nos últimos 13 trimestres numa sequência iniciada no final de 2022.
Na terça-feira (2/12), o Tesouro Nacional informou que não dará aval a um empréstimo de R$ 20 bilhões solicitado pelos Correios a instituições financeiras. Isso caso as taxas de juros estejam acima de 120% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
A equipe econômica do governo federal também estuda uma forma de dar fôlego no curto prazo à companhia, para que ela possa negociar com os bancos em melhores condições. Na quinta-feira (4/12), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que, se isso ocorrer com aportes do Tesouro, será dentro das regras fiscais.
A estatal também anunciou a ampliação do Programa de Demissão Voluntária (PDV) para 15 mil funcionários. Desse total, 10 mil seriam dispensados em 2026 e os outros 5 mil, em 2027.
Consultado pelo Metrópoles, a área de comunicação dos Correios informou por meio de nota: “Todos os assuntos relativos ao Acordo Coletivo de Trabalho estão sendo tratados direta e exclusivamente com os representantes dos empregados na mesa de negociação”.
Carlos Rydlewski / metropoles.com
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