A médica Drª Noadja Andrade, do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, atualizou nesta terça-feira (19) o estado de saúde da criança de seis anos que teve a perna amputada após ser atropelada por um policial militar reformado no último dia 4, na comunidade Vila Cabral de Santa Rosa, em Campina.

Segundo a profissional, a menina vem apresentando boa evolução clínica. Conforme a Drª, ela respira em ar ambiente, sem necessidade de ventilação; já aceita alimentação; e está consciente, orientada e sem febre.

Apesar da melhora, o momento mais difícil para a equipe foi quando a pequena percebeu a amputação. “Já percebeu que perdeu a perninha, que foi uma tristeza muito grande para nós. Ela chorou muito quando visualizou e perguntou: ‘Cadê a minha perninha?’. Ali, para nós, foi difícil segurar, e ela chorou bastante. Foi preciso medicar para que ela pudesse dormir”, relatou a médica.

Segundo Noadja, a criança está mais calma, sem intercorrências, e segue recebendo acompanhamento clínico e psicológico. A Drª reforçou que o apoio emocional será contínuo, inclusive após a alta, tanto para a menina quanto para os familiares.

 

Psicologia – O psicólogo Moisés de Lima também destacou a atuação do setor de psicologia do hospital. “Com relação a essa criança que teve o membro inferior amputado, nós temos intensificado essas ações. Notadamente, todas as segundas-feiras existe uma profissional especializada em ludoterapia para tratar os traumas dessa criança, de modo que se evite futuras sequelas”, explicou.

Segundo ele, o suporte psicológico também se estende à mãe, que acompanha a filha diariamente. “No Hospital de Trauma de Campina Grande nós temos essa equipe que atende tanto o paciente quanto os familiares, especificamente a mãe que vem sendo assistida pela psicologia”, completou.

 

Relembre o caso

A criança foi atropelada por um carro desgovernado na noite da segunda-feira (4) na comunidade Vila Cabral de Santa Rosa, na cidade de Campina Grande. Conforme apurado pelo Portal Diário, o motorista seria um policial militar reformado e ele teria rejeitado fazer o teste do bafômetro.

A PM confirmou que ele estava com sinais de embriaguez. Conforme relato, o suspeito foragiu do local em virtude de que a população ficou revoltada e danificou o automóvel com chutes e pedradas.

A polícia conseguiu localizá-lo momentos depois e o conduziu à Central de Polícia de Campina Grande.

 

Luiz Adriano – Portal Diário

 

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