
Fenômeno da natureza. O avanço do mar na Baía da Traição, no Litoral Norte da Paraíba, vem destruindo habitações, e causado outros transtornos, especialmente na área da Praia do Forte. Moradores denunciam por meio de vídeos publicados nas redes sociais, os estragos.
Um morador mostrou que uma casa virou de ponta-cabeça na faixa litorânea do município, devido ao avanço do nível do mar, recentemente.
Um trecho da cidade sofreu com a perda de 80 metros de território devido esse avanço, que é acompanhado desde 1984, pelo professor e pesquisador Celso Santos, do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
De acordo com dados da pesquisa que ainda não foi publicada e segue em curso, todo o litoral da cidade de Baía da Traição perdeu 12 metros, em média, entre 1984 e 2025, período em que vigora a pesquisa, com uma taxa de recuo de território de 0,29 metros a cada ano.
Segundo a pesquisa, os 12 metros perdidos são correspondentes às somas dos trechos analisados em toda a faixa litorânea da cidade, o que gera esse número de média. Há ainda outros trechos dentro da faixa litorânea em que houve ganho de território
Foi observado que, de modo geral, a porção central da cidade onde há maior concentração urbana e turística, são encontrados os índices mais acentuados de erosão, enquanto as extremidades do município ainda mantêm certa estabilidade devido à presença de dunas e vegetação nativa.
A erosão costeira foi motivo para um decreto de situação de calamidade pública. Um dos locais mais afetados pela erosão é a Praia do Forte, onde passa a rodovia PB-008, que conecta Baía da Traição às aldeias indígenas. O município tem cerca de 86,64% da população composta por indígenas, segundo o Censo 2022.
A Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) informou que disponibilizou as licenças ambientais para que a prefeitura de Baía da Traição possa iniciar as obras recomendadas pelos técnicos que fazem o monitoramento da área.
PB Agora
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