
A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta terça-feira (9), um projeto de lei que reduz as penas de condenados por atos golpistas — medida que, na prática, pode diminuir o tempo de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, sentenciado a 27 anos e 3 meses e preso desde 25 de novembro na sede da Polícia Federal em Brasília. A votação ocorreu sob forte tensão política e críticas de aliados do governo Lula, que acusaram a proposta de representar um gesto de impunidade.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), surpreendeu os próprios líderes partidários ao anunciar de última hora que a matéria iria à votação. O gesto elevou o clima de desconfiança entre governo e oposição e reacendeu acusações de que Motta trabalha para se equilibrar politicamente após dias de turbulência com o PT. Motta, com prerrogativa de voto facultativo, optou por não registrar posição.
A bancada paraibana se dividiu de forma clara. Quatro deputados votaram a favor da redução das penas: Cabo Gilberto Silva (PL), Mersinho Lucena (PP), Ruy Carneiro (Podemos) e Romero Rodrigues (Podemos). Já dois parlamentares votaram contra: Gervásio Maia (PSB) e Luiz Couto (PT). Outros cinco deputados estiveram ausentes da sessão decisiva: Murilo Galdino (Republicanos), Wellington Roberto (PL), Aguinaldo Ribeiro (PP), Damião Feliciano (União Brasil) e Wilson Santiago (Republicanos).
A proposta segue agora para análise do Senado, onde a pressão política deve ser ainda maior. Se aprovada e sancionada, abrirá caminho para que Bolsonaro cumpra menos tempo da pena estabelecida pelo STF, alterando diretamente o cenário jurídico e político do país.
redação com Ingreson Derze / fonte83.com.br
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