
O ex-governador da Paraíba e pré-candidato a deputado federal, Ricardo Coutinho (PT), criticou duramente a condução do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), após a expulsão do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) do plenário nesta terça-feira (9). O episódio ocorreu depois que agentes da Polícia Legislativa retiraram o parlamentar à força da cadeira da presidência, ocupada por ele em forma de protesto.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Ricardo disse estar “chocado” com a reação da Mesa Diretora diante do ato de Glauber. Segundo ele, a postura de Motta coloca o presidente da Câmara numa posição “insustentável”.
“É impressionante a raiva, o ódio e a violência contra o deputado Glauber Braga”, afirmou. Ricardo relembrou episódios anteriores em que parlamentares realizaram protestos semelhantes sem enfrentar punições. “Deputados se acorrentaram, não permitiram que o presidente sentasse na cadeira e passaram o dia inteiro assim sem reprimenda nenhuma”, disse em vídeo publicado nas redes sociais.
Glauber Braga iniciou o protesto após Hugo Motta anunciar que levaria ao plenário o pedido de cassação do seu mandato, juntamente com os processos de Carla Zambelli (PL-SP) e do Delegado Ramagem (PL-RJ), ambos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os casos não têm relação entre si.
Para Ricardo, houve exagero na reação da presidência da Casa. “Nem na ditadura militar se viu isso. Interromperam a transmissão da TV Câmara, expulsaram a imprensa do plenário e mandaram retirar o deputado à força”, criticou.
Ele também repudiou a equivalência entre o caso de Glauber e o de parlamentares investigados em ações ligadas ao 8 de janeiro e a tentativas de golpe. “Hugo Motta quer comparar Glauber a Eduardo Bolsonaro, a Carla Zambelli, a Ramagem. Isso é absurdo”, disse.
Ao final, Ricardo defendeu que o episódio compromete a permanência do paraibano na chefia do Legislativo.
“Hugo Motta perdeu a condição de dirigir qualquer coisa, principalmente a Câmara dos Deputados”, declarou.
O episódio acirrou a tensão política na Casa e repercutiu amplamente entre parlamentares da oposição, que classificaram a ação como desproporcional. A Mesa Diretora ainda não se pronunciou sobre as críticas.
Por Redação Fonte 83
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