
Os deputados Glauber Braga (PSol-RJ), Sâmia Bomfim (PSol-SP), Célia Xakriabá (PSol-MG), Dorinaldo Malafaia (PDT-AP) e Rogério Correia (PT-MG) protocolaram, nesta quarta-feira (10/12), uma representação criminal na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Os parlamentares acusam Motta de “lesão corporal, violência política de gênero e não observância de medida adequada e suficiente prevista no Regimento Interno da Câmara na qualidade de autor intelectual e mandante das ações agressivas e truculentas cometidas pelos policiais legislativos”.
No documento, o grupo solicita ainda que a PGR cobre da Câmara “esclarecimentos imediatos, incluindo a entrega dos registros de vídeo, áudio e transmissão” da sessão plenária interrompida, além da “identificação completa de todos os policiais legislativos envolvidos nos fatos relatados”.
A confusão
Glauber Braga foi retirado à força da Mesa Diretora da Câmara na noite dessa terça-feira (9/12), após ocupar o local em protesto contra a decisão de Hugo Motta de colocar em votação o processo da cassação dele. Momentos antes, Motta havia ordenado o esvaziamento do plenário e barrado a entrada da imprensa no recinto.
“A única coisa que eu pedi ao Hugo Motta foi que ele tivesse comigo 1% do tratamento que teve com aqueles deputados que sequestraram a Mesa Diretora da Câmara”, declarou Gauber após ser retirado, referindo-se aos parlamentares bolsonaristas que ocuparam o plenário da Casa, em agosto, contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Imagens de dentro do plenário revelaram como a Polícia Legislativa agiu para retirar o deputado. Braga tentou resistir e permanecer no local. Ao redor dele, parlamentares protestaram, diante da investida policial, enquanto outros filmavam a situação.
Maria Laura Giuliani, Giovanna Estrela / metropoles.com
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