O ano de 2024 foi o boom do pistache e até hoje a gente encontra o danado de diversas formas. Em 2025 não foi diferente. O ano foi marcado por fenômenos virais que dominaram as redes sociais, influenciaram o consumo e entraram para a cultura pop. Do universo dos brinquedos colecionáveis às explosões gastronômicas e olfativas, veja os destaques que agitaram o ano

Labubu

Labubu Foto: Divulgação

Os bonecos Labubu, com estética única e vendidos em caixas surpresa (blind box), conquistaram fãs no mundo todo. A febre foi impulsionada por vídeos de unboxing e pelo apoio de celebridades.

O personagem, criado pelo artista Kasing Lung em 2015, virou um fenômeno global de busca e colecionismo. Conforme dados do Google Trends, no mundo, o interesse de buscas deslanchou em novembro de 2024. No Brasil, as buscas foram crescendo aos poucos e atingiram o pico em julho de 2025.

O boneco colecionável com traços de criatura fofa e assustadora ao mesmo tempo: olhos grandes, dentes serrilhados e orelhas pontudas ficou em alta até agosto, quando as buscas entraram em queda. 

Criado em Hong Kong, o personagem tem inspiração na mitologia nórdica e no folclore europeu, e faz parte da linha “The Monsters”. É descrito como uma menina élfica de bom coração que causa confusões sem querer.

A figura principal dá nome também a uma “espécie” de bonecos colecionáveis, com variações de cor, trajes e temas: clássicos, de Halloween, profissões, personagens famosos e outros. As versões mais raras são disputadas por colecionadores.

Os modelos mais simples custam a partir de R$ 140 em sites internacionais como Shopee, AliExpress e eBay. Edições especiais chegam a R$ 1,5 mil, e raridades podem ultrapassar R$ 5 mil.

 

Bobbie Goods

Bobbie Goods Foto: Reprodução/ Instagram @bobbiegoodsart

Livros de colorir chamados Bobbie Goods se tornaram outra moda viral. Com um apelo visual “cute” se tornou atividade para adultos e crianças e conquistou espaço no TikTok e foram destaque entre os itens mais comentados do ano.

Os desenhos Bobbie Goods são criação da ilustradora norte-americana Abbie Goveia. A marca retrata animais desenhados com traços simples, vivendo cenas do cotidiano. Lançada originalmente nos Estados Unidos, a linha passou a ser pirateada em outros países (incluindo o Brasil).

Com o sucesso, os direitos dos livros foram comprados pela HarperCollins, que lançou exemplares no país. Além disso, outras editoras lançaram livros de colorir parecidos com animais fofinhos.

No TikTok, vídeos colorindo desenhos com a hashtag #BobbieGoods somaram milhares de publicações. E não para por aí: de acordo com dados do Google Trends, apurados pela Sala Digital, o interesse de buscas no Google por “livro para colorir/pintar” cresceu, em média, 25% ao ano entre 2021 e 2024.

Ainda conforme o Google Trends, a própria marca Bobbie Goods, que há um ano tinha um volume de buscas baixo, foi crescendo ao longo dos meses até atingir o maior pico de buscas em julho deste ano.

Veja o gráfico na íntegra:

Tendências de 2025 Gráfico: Reprodução/ Google Trends

Mais do que uma estética “cute/fofa” que domina a rede social, os livros ressurgiram como um momento de pausa e bem-estar. Em tempos de excesso de telas, parar por alguns minutos para colorir virou quase um ritual de mindfulness.

Vídeos com milhões de visualizações mostram pessoas pintando páginas de Bobbie Goods com trilhas sonoras relaxantes. Esse tipo de conteúdo virou uma espécie de ASMR visual que atrai, inspira e engaja os usuários.

 

Bebê Reborn

Bebê reborn Foto: Reprodução/ Bianca Miranda / Instagram @b_reborn

As bonecas reborn, com traços extremamente realistas, viralizaram em 2025. Mais do que simples brinquedos, elas despertaram debates sobre consumo e comportamento nas redes sociais, tornando-se alvo de curiosidade pública e colecionadores.

Os bebês reborn são bonecos feitos para parecer com um bebê de verdade. Fabricados com materiais como vinil e silicone, eles têm pele com textura de bebê, cílios implantados, dobrinhas, veias, peso e até cheiro e peso parecido de recém-nascido. A palavra “reborn” em inglês significa “renascido”.

Esses bonecos são batizados e recebidos com enxoval completo. Alguns compram como item de coleção. Outros, por motivos terapêuticos. Entre os usos mais relatados estão a ajuda no enfrentamento de traumas, perdas gestacionais ou até quadros de ansiedade e depressão.

O preço de um bebê reborn pode variar bastante. Modelos mais simples custam entre R\$ 300 e R$ 600. Já os mais detalhados, feitos por artistas especializados, podem ultrapassar R$ 10 mil, dependendo da escolha do cliente, como itens raros e limitados. O valor depende do realismo, do tipo de material usado, e do tempo de produção.

 

Trends de IA — versões action figure, anime e bebês

As ferramentas de inteligência artificial permitiram criar imagens e personagens em diferentes estilos: action figures, versões anime e até versões bebês. Essas trends virais fizeram sucesso no TikTok e Instagram, incentivando a criatividade digital e engajamento nas redes.

Tudo começou com desenhos criados pelo ChatGPT para produzir imagens no estilo Studio Ghibli — criado por Hayao Miyazaki e famoso por produzir animações com traços desenhados à mão. A ideia pegou tanto que logo outros formatos de imagens reproduzidas com a IA foram ganhando espaço nas redes.

Um dos mais populares foi o estilo action figure, no qual a tecnologia transforma pessoas reais, celebridades ou memes em bonecos digitais altamente detalhados, muitas vezes inseridos em embalagens que simulam caixas de brinquedos colecionáveis. Inspiradas nos tradicionais action figures da cultura pop — conhecidos por representar heróis, personagens de filmes, séries e games, as imagens ganharam as redes sociais rapidamente.

 

Morango do amor

Morango do amor Foto/Neuton Araujo

O “morango do amor”, morango coberto com brigadeiro branco e calda vermelha caramelizada, virou sensação nas redes sociais. O doce gourmet chamou atenção pelo apelo visual e viralizou rapidamente, sendo reproduzido por confeiteiros e criadores de conteúdo.

O doce faz referência à maçã do amor, doce característico das festas juninas e circulou intensamente nas redes sociais, especialmente em vídeos curtos que mostravam o preparo e o acabamento brilhante, além dos memes de quem tentava preparar a calda e não conseguia.

 

Chocolate de Dubai

Chocolate de Dubai Foto: Envato Elements

O chocolate de Dubai se destacou em 2025 como tendência gastronômica. O doce que ganhou popularidade nas redes sociais por unir luxo, estética e sabores inspirados na culinária do Oriente Médio. Geralmente produzido com chocolate ao leite ou meio amargo, ele se destaca pelo recheio cremoso de pistache — muitas vezes combinado com tahine ou outras pastas — e pela finalização sofisticada, que valoriza textura e apresentação.

A tendência viralizou após vídeos no TikTok mostrarem o chocolate sendo cortado, revelando o interior generoso e chamativo, o que despertou curiosidade e impulsionou o desejo de consumo em diferentes países.

 

Perfume árabe

Perfumes árabes, com notas como oud, âmbar e especiarias, se tornaram queridinhos dos consumidores. Além do aroma marcante, o visual das embalagens diferentonas e com pedrarias passaram a ser compartilhadas nas redes sociais e ajudaram a popularizar os perfumes.

Todas essas tendências encontraram nas redes sociais o terreno ideal para se tornarem virais. TikTok, Instagram e outras plataformas potencializaram a circulação e o debate em torno desses fenômenos, transformando-os não apenas em memes, mas também em pautas na mídia e em mesas de bar. Resta saber qual será o próximo viral a dominar as timelines em 2026.

 

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