
A seca da Barragem da Farinha, em Patos, tem provocado cenas de impacto ambiental. Nos últimos dias, inúmeros peixes mortos foram registrados boiando no manancial, que enfrenta nível crítico de água.
Nesta sexta-feira (19), o pescador José Nilton, integrante da colônia de pescadores do município, registrou em vídeo a mortandade de peixes. As imagens mostram grande quantidade de animais mortos, principalmente das espécies curimatã (em maior quantidade), piau, tilápia, tucunaré e traíra, entre outras, espalhadas pela lâmina d’água.
De acordo com dados da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (AESA), divulgados na quinta-feira (18), a Barragem da Farinha opera com menos de 0,99% de sua capacidade total.
Diante do cenário, os pescadores afirmam que veem apenas uma alternativa: retirar os peixes ainda vivos do reservatório e realocá-los no açude do Jatobá, que atualmente conta com cerca de 11,8% da capacidade. No entanto, a medida esbarra na proibição da pesca devido ao período do defeso da piracema, em vigor desde 1º de dezembro, com término previsto para o final de fevereiro.
Durante o defeso, é proibida qualquer retirada de peixes do reservatório, mesmo para transferência para outro manancial. A legislação ambiental prevê penalidades para quem descumprir a norma, incluindo condução à delegacia, pagamento de fiança, multa de R$ 500 por peixe apreendido e perda de benefícios para pescadores vinculados a colônias.
Mesmo diante da proibição, os pescadores demonstram preocupação com a mortandade e alertam para possíveis prejuízos futuros, especialmente com a retomada do período chuvoso e da atividade pesqueira. Eles cobram providências de órgãos como a AESA, o IBAMA e demais autoridades ambientais, para que a situação seja analisada e uma possível autorização emergencial seja avaliada.
Até o momento, não foi possível confirmar qual órgão seria o responsável legal pela eventual concessão de autorização para a retirada e realocação dos peixes.
Pabhlo Rhuan – Jornal Patoense
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