Nos 29 anos da morte, pilotos e Fórmula 1 relembram morte de Ayrton

O dia 1º de maio de 1994 sempre estará marcado na memória dos fãs do automobilismo. Há exatos 29 anos, o mundo do esporte a motor deu adeus a Ayrton Senna, morto em acidente na curva Tamburello, em Ímola (Itália), no GP de San Marino de 1994. Nesta segunda, pilotos e o circo da F1 evocaram a memória do ídolo, tricampeão mundial de F1 (1988, 1990 e 1991).

No fim de abril, o Governo Federal deu a Ayrton o título de Patrono do Esporte Brasileiro, sob texto da lei 14.559/2023, sancionada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). A proposta, de autoria do deputado Filipe Barros (PL-PR), também passou pela ministra do Esporte, Ana Moser.

 

Ayrton Senna bandeira Brasil — Foto: David Jones - PA Images; getty

Ayrton Senna bandeira Brasil — Foto: David Jones - PA Images; getty

 

Maior rival de Senna na Fórmula 1, Alain Prost lembrou do brasileiro de forma sucinta. O francês tetracampeão postou uma foto ao lado do ex-companheiro com a legenda "29 anos".

Alain Prost posta foto no dia do aniversário da morte de Ayrton Senna — Foto: Reprodução

Alain Prost posta foto no dia do aniversário da morte de Ayrton Senna — Foto: Reprodução

 

A McLaren, equipe pela qual Senna conquistou seus três títulos mundiais, também postou homenagens ao ídolo. A equipe de Woking ainda publicou declarações de Gary Wheeler, ex-mecânico de Ayrton.

- Ele era um líder natural, um homem de ponta. Se ainda estivesse aqui hoje, eu faria questão de estar (trabalhando) no carro dele - disse Wheeler ao site da McLaren.

A Fórmula 1 também se manifestou, definindo Senna como "um artista nas pistas, um ícone fora delas". Em 11 temporadas na elite, Ayrton Senna conquistou 41 vitórias - a quinta melhor marca na história -, 65 pole positions e 80 pódios. Além dos três títulos, o paulista foi vice-campeão em duas ocasiões: 1989 e 1993.

Vice-campeão da F1, Felipe Massa postou uma montagem com diversas fotos do ídolo brasileiro. No início de abril, o ex-piloto da Ferrari revelou estudar ações legais sobre o título de 2008 - vencido por Lewis Hamilton - após Bernie Ecclestone declarar ter tido conhecimento sobre o "Singapuragate" há 15 anos.

 

Felipe Massa posta montagem com fotos de Ayrton Senna neste 1º de maio, aniversário da morte do tricampeão — Foto: Reprodução

Felipe Massa posta montagem com fotos de Ayrton Senna neste 1º de maio, aniversário da morte do tricampeão — Foto: Reprodução

 

O brasileiro Tony Kanaan, vencedor das 500 Milhas de Indianápolis em 2013, evocou a memória do "herói" Senna.

Jean Alesi, contemporâneo de Ayrton na F1 - e com quem o brasileiro travou disputa inesquecível pela liderança do GP dos Estados Unidos de 1990 - foi mais um a se manifestar. Em publicação nas redes sociais, o francês postou uma foto ao lado do paulista, com os dizeres "Especial. Sempre no meu coração".

Jean Alesi homenageia Ayrton Senna no aniversário da morte do brasileiro — Foto: Reprodução

Jean Alesi homenageia Ayrton Senna no aniversário da morte do brasileiro — Foto: Reprodução

 

As homenagens extrapolaram o mundo do automobilismo. Clube do coração de Ayrton, o Corinthians definiu o dia 1º de maio de 1994 como "a manhã que o Brasil chorou". Em 2018, aniversário de 30 anos do primeiro título mundial de Senna, o clube paulista homenageou o piloto em seu terceiro uniforme.

A National Football League (NFL), dos Estados Unidos, também dedicou homenagens a Senna. O perfil brasileiro da liga postou uma foto de Ayrton trajado com camisa da franquia Miami Dolphins, passeando por Mônaco, em 1991.

Seis pessoas foram indiciadas pelo acidente, incluindo Sir Frank Williams; o co-fundador da Williams, Patrick Head; e Adrian Newey (atual projetista da RBR), mas ninguém foi preso. Um novo julgamento em 2007 determinou que o episódio foi causado por uma falha na coluna de direção da Williams. Head foi responsabilizado, mas escapou do cárcere pois o crime prescreveu.

 

Em 1994, Ayrton Senna morreu após um violento acidente na Curva Tamburello, em Imola — Foto: Alberto Pizzoli/Sygma/Sygma via Getty Images

Em 1994, Ayrton Senna morreu após um violento acidente na Curva Tamburello, em Imola — Foto: Alberto Pizzoli/Sygma/Sygma via Getty Images

 

O fim de semana do GP de San Marino de 1994 também foi marcado por outro triste episódio. Na classificação de sábado, 30 de abril, Roland Ratzenberger morreu em acidente na curva Villeneuve. O fim de semana em Ímola era apenas o terceiro na carreira do austríaco, que disputou somente o GP do Pacífico.

 

Revolução na segurança

As fatalidades no fim de semana em Ímola geraram uma verdadeira revolução na segurança da Fórmula 1. Antes de Ratzenberger e Senna, a última morte na elite havia sido a de Ricardo Paletti, no GP do Canadá de 1982.

Príncipes Rainier e Albert no icônico pódio de Mônaco com Ayrton Senna e Ron Dennis em 1992 — Foto: Paul-Henri Cahier/Getty Images

Príncipes Rainier e Albert no icônico pódio de Mônaco com Ayrton Senna e Ron Dennis em 1992 — Foto: Paul-Henri Cahier/Getty Images

 

Presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) em 1994, Max Mosley - já falecido - implementou padrões mais rígidos em autódromos. A entidade mapeou curvas perigosas que precisavam de ajustes, instaurou testes para a barreira de pneus e diminuiu a velocidade no pitlane, entre outros pontos.

Dez anos depois, em 2004, a FIA fundou o Instituto FIA para Segurança nos Esportes a Motor, sob o comando de Sid Watkins. De lá para cá, houve alterações nos carros e até na atuação de comissários e equipes médicas.

A primeira (e última) fatalidade na F1 após Senna e Ratzenberger só aconteceu 21 anos depois, com Jules Bianchi, em julho de 2015. O francês foi a óbito nove meses depois de grave acidente no circuito de Suzuka, no Japão, palco do tricampeonato de Senna.

 

A F1 2023 retorna neste domingo com o GP de Miami, quinta etapa da temporada. Veja dias e horários das corridas da temporada aqui.

F1 2023: infos e horários do GP de Miami — Foto: Infoesporte

F1 2023: infos e horários do GP de Miami — Foto: Infoesporte

 

Por Redação do ge — Rio de Janeiro

 

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